setembro 22, 2011

Pela transformação do Brasil em um país de leitores

 Palavras do ex- ministro da Cultura, Juca Ferreira

"Sabemos que a leitura é fundamental para a plena realização da nossa condição humana e da nossa capacidade de entender o mundo. É também condicionante para a promoção de valores democráticos, porque é base para uma cultura do discernimento e do diálogo, tanto individual como coletivo.
Quem lê aumenta seu repertório de atuação sobre o mundo à sua volta. É, naturalmente, uma sociedade leitora amplia sua possibilidade de qualificar as relações humanas e resolver os problemas cada vez mais complexos que a elas se apresentam. É preciso dar conta do texto do mundo e, como dizia Paulo Freire, ante a este mundo enigmático, nós precisamos aprender a dizer a nossa própria palavra.
Neste sentido a palavra autonomia perpassa todas as ações na promoção da leitura. Um governo preocupado com o empoderamento de seus cidadãos com a autonomia dos sujeitos individuais e coletivos da nação investe em livros, em leitura. Isso porque entende que a leitura não só qualifica a relação com as outras áreas da cultura como também qualifica a relação do indivíduo com a saúde, com o mundo do trabalho, com o trânsito e a cidade, com o ambiente natural e social possibilitando a superação de limitações físicas e simbólicas.
Nosso grande desafio é fazer com que a experiência da leitura, ainda pouco vivenciada no cotidiano, seja um momento de prazer e fruição. No Brasil lê-se, em grande medida por obrigação. Considerando-se somente os livros, não indicados pela escola, e apenas 1,3 livro por ano (Retratos da Leitura, 2007), número bem inferior aos índices da Colômbia (2,4) e da França (7). É preciso, portanto, desenvolver o gosto pela leitura desde a infância. E nós do Ministério da Cultura (MINC) temos nos empenhado em estimular crianças, jovens, adultos e idosos a participar dessa viagem imaginativa proveniente da leitura. Mas sabemos que essa responsabilidade não é exclusiva do governo ou da comunidade escolar, mas deve ser compartilhada com a família e toda sociedade civil.”

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